A civilização celebrou durante séculos o trabalho, a genialidade e o mérito.
Hoje, bastam uma câmera, um rosto comum e uma disposição para expor a própria futilidade em praça pública.
Os novos ídolos não criam, não constroem, não pensam: apenas existem — diante de uma lente.
A sociedade, hipnotizada, aplaude o vazio como se fosse conquista.
Tudo que é profundo parece antiquado; tudo que é raso, monetizável.
Quando o circo recompensa o palhaço por tropeçar, não é de espantar que os homens sérios pareçam cada vez mais anacrônicos.
O ruído venceu. O silêncio paga a conta.