A maioria vive como se estivesse ensaiando para um papel que nunca será chamado.
Vestem-se com frases alheias, penteiam as opiniões na direção do vento e saem à rua com um sorriso que não lhes pertence.
Chamam isso de maturidade.
A maturidade, no entanto, é só a arte de esconder o cansaço sob camadas de funcionalidade.
Você trabalha, responde e-mails, elogia quem despreza, aguenta quem te fere — tudo com elegância.
Mas por dentro, só espera que ninguém perceba o vazio no centro da pose.
A maioria não mente.
Apenas vive em silêncio aquilo que teria vergonha de confessar.
E o mundo aplaude os que se calam.
Porque a verdade é incômoda demais pra ser popular.