A Arte de Fingir que se Pensa

Nunca se fingiu tanto que se pensa como hoje.
O pensamento, antes trabalho solitário e penoso, foi substituído por reflexos condicionados.
Repetir slogans tornou-se sinal de consciência.
Escandalizar-se é mais importante do que entender.

As redes sociais criaram doutores em ignorância militante, onde a velocidade da resposta importa mais que a profundidade da reflexão.
O silêncio, condição básica da lucidez, tornou-se ofensivo.
O homem moderno exige opiniões instantâneas sobre tudo, mesmo aquilo que nunca estudou.
Pensar, de fato, é perigoso: separa-vos da multidão, e ser um pária é o único pecado ainda imperdoável.

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